sexta-feira, 1 de junho de 2012

2.lógica funcional e espacial da planta que melhor representa o projecto

A casa divide-se em três zonas, a um lado a que compreende os quartos, ao outro a zona de serviço com a cozinha, um pequeno quarto, casa de banho de serviço, garagem e lavandaria e ao centro a sala e a entrada como elo unificador. Todas as aberturas do projecto original estão dirigidas para o pinhal na área exterior a oeste à excepção da cozinha que se orienta para o pódio à entrada.
Do portão que dá para a estrada não vê a entrada da casa, ela apenas se deixa descobrir à medida que se avança em direcção à garagem. Consequentemente a transição exterior-interior é feita através de movimento de dupla rotação . Este movimento é exagerado no percurso labiríntico que permite o acesso de garagem ao jardim. A razão da maneira recurvada como estes dois momentos acontecem é novamente pela intenção de isolar a casa face ao caminho.
Ainda que o carácter privado e domestico tivesse sido procurado, era também intenção de Alves Costa ter um casa capaz de receber regularmente visitas. Esta ambiguidade vem dar riqueza ao projecto, principalmente à sala – espaço principal da casa. Nas palavras de Alexandre Alves Costa – “ A complexidade da casa é surpreendente. É o espaço muito bem aberto, vê-se todo mas também há recantos mais isolados. (…) É uma experiência. Parece incrível que possa haver trinta pessoas e todas elas tenham um espaço cómodo” . 1


1- Retazos de una conversacion com Alexandre Alves Costa"

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